A decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de criar a Universidade Federal de Rondonópolis (UFR) depende de ações de caráter técnico, para atender as exigências do Ministério da Educação, somadas à articulação política que deve envolver desde vereadores da cidade até o governador do Estado e os representantes de Mato Grosso no Congresso Nacional. Esta é a avaliação feita pelos professores, lideranças políticas e representantes de entidades, na segunda reunião com o prefeito José Carlos do Pátio, para discutir as estratégias de atuação em prol da UFR.
A expectativa agora é pela audiência com o governador Blairo Maggi e a bancada de Mato Grosso no Congresso Nacional. O encontro pode contar com a presença do ministro da Educação, Fernando Haddad, que passa por Cuiabá no dia 24. Ele segue para Campo Novo do Parecis, onde vai lançar a obra de construção da unidade do Cefet.
A comissão de professores da UFMT foi para o encontro apostando na chance de ter a definição da audiência com o governador e organizar o ato público que deve acontecer em Rondonópolis, no mesmo horário da reunião em Cuiabá. O secretário-chefe de gabinete do Palácio Paiaguás, José Márcio Guedes, assumiu o compromisso de definir a data do encontro hoje.
A argumentação de alguns participantes, como o prefeito José Carlos do Pátio, o deputado federal Wellington Fagundes e o ex-governador Rogério Salles, alertou para a necessidade de se conduzir ao mesmo tempo, os trabalhos técnicos e as articulações políticas necessárias para conscientizar a população a aderir ao movimento e sensibilizar o governo federal a aprovar a criação da UFR.
Pátio que classificou a reunião como um ato de cidadania importante, avalia que é necessário aproveitar o peso político do município para avançar no projeto de criar a Universidade Federal de Rondonópolis. Na opinião do prefeito todas as ações devem estar focadas para Brasília.
Fagundes defende que a comissão deve visitar os integrantes da bancada de Mato Grosso no Congresso Nacional para conquistar o apoio de todos na luta pela emancipação do campus local.
A proposta, na opinião de Salles, deve ser assumida por toda a sociedade. A sugestão é que a comissão pró UFR visite os parlamentares do Estado em Brasília e as diversas entidades de classe da cidade, a fim de conquistar o apoio geral para o projeto.
A discussão avaliada pelos membros da comissão como positiva, contou com a participação de representantes do Sispmur, Sipros, Uramb, CDL, Acir, Sindicato Rural, Adufmat e DCE, além dos vereadores Olímpio Alvis, Mohamed Zaher, Mariuva Valentim, Adonias Fernandes, Cido Silva e Reginaldo Santos.