Falta de valorização profissional, condições de trabalho e a própria remuneração são alguns dos aspectos apontados pelo presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público do Estado – Sintep – Gilmar Soares que destaca também a falta de formação dos novos profissionais que saem das universidades, sem condições efetivas de atuação em salas de aulas. “É preciso que os novos profissionais da Educação se sintam atraídos para vir para escola porque muitos estão fazendo da escola uma opção de bico, quer dizer, não é a profissão principal porque o salário não motiva, as condições de trabalho não são boas”, disse ao Só Notícias.
Os pontos, de acordo com o sindicalistas, influenciam em um assunto, veiculado por algumas vezes, que é a falta de profissionais qualificados para determinadas disciplinas em vários municípios mato-grossenses. Em Sinop, por exemplo, anos anteriores faltavam profissionais para as áreas de geografia e história. Neste ano, a situação ampliou. Além de pedagogos assumirem algumas aulas das duas disciplinas, a Secretaria Estadual de Educação registrou dificuldades para preencher aulas de física, em que houve casos de habilitados em matemática assumirem as vagas e, em química, onde a alternativa foi chamar acadêmicos do curso.
Gilmar elenca ainda que, a falta de ‘atenção’ com o profissional de Educação gera em problemas de saúde devido as condições de trabalho. “Muitos de nós com cinco de exercício da profissão estão ficando doentes”, disse, finalizando que o assunto tem sido tema de debate na região. Questões como dedicação exclusiva e formação continuada ao profissional seriam saídas elencadas por Gilmar, além da reposição salarial para os profissionais que estão em atividades.