Os preços administrados – chamados assim porque necessitam de autorização de órgãos reguladores para serem reajustados – devem subir menos no ano que vem. A estimativa é de André Furtado Braz, coordenador da pesquisa de preços da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Segundo ele, a estimativa da FGV é de que essas tarifas – como de telefone e luz – subam menos em 2006 já que são reajustadas pelo Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M). Este ano, o índice foi o menor desde 1989. Braz também destacou o resultado baixo do Índice de Preços ao Consumidor (IPC).
Braz lembrou que o início do ano sempre é marcado por reajustes como mensalidades escolares, o que em geral é um momento de pressão sobre a inflação. No Rio de Janeiro, o ano começa com reajuste de R$ 0,10 nas tarifas de ônibus urbano que a partir do dia 7 passarão a custar R$ 1,90. Isso de acordo com o coordenador vai refletir nos cálculo do índice ao consumidor.
“Vai ser mais um ponto a favorecer a aceleração do índice neste momento, mas são efeitos pontuais e passageiros que não influenciam o comportamento do IPC em termos de núcleo, que é a nossa medida mais precisa de inflação para saber se há aumentos generalizados”, afirmou.