R$ 150 milhões deixarão de ser movimentados em 6 municípios da região Norte, devido à crise da madeira. No mercado interno, nos municípios de Alta Floresta, Carlinda, Paranaíta, Nova Monte Verde, Nova Bandeirante e Apiacás a previsão era de que este ano as empresas do ramo injetassem R$ 250 milhões na economia, conforme o presidente do Sindicato dos Madeireiros do Extremo Norte de Mato Grosso (Simenorte), Augusto Francisco dos Passos. A estimativa agora é de que gerem R$ 100 milhões.
O reflexo da retração do setor aparece também no balanço das exportações do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Em novembro as vendas externas de madeira caíram 23,86% em relação ao mesmo período de 2004, passando de US$ 18,865 milhões para US$ 14,365 milhões.
Segundo o jornal A Gazeta, parte dessa queda é atribuída à suspensão na liberação dos planos de manejo, autorização de desmate e Autorizações para Transporte de Produtos Florestais (ATPFs), desencadeados após a Operação Curupira.
As vendas ao exterior pelo segmento, de janeiro a novembro, acumulam queda de 1,96%. O volume de negócios em 2005, foi de US$ 173,369 milhões contra US$ 176,833 milhões nos 11 meses de 2004. Até outubro as exportações estavam positivas em 0,66%, mas já demonstravam sinais de desaquecimento.
O presidente do Sindicato das Industrias Madeireiras do Norte de Mato Grosso (Sindusmad), Jaldes Langer, acredita que não haverá reação nas vendas externas antes do segundo trimestre de 2006.