O dólar encerrou em alta nesta segunda-feira pela quarta sessão seguida, já que as tesourarias bancárias deram continuidade ao movimento de ajuste de posições.
A divisa norte-americana terminou o dia com alta de 0,36%, a R$ 2,26.
O operador de uma corretora nacional, que não quis ser identificado, citou que ingressos de recursos amenizaram a alta do dólar. Na mínima, a divisa norte-americana registrou alta de 0,04%, a R$ 2,253.
O recuo do dólar em relação ao euro também contribuiu para conter uma alta acentuada da moeda frente ao real, acrescentou o operador.
Desde a quarta-feira passada, as tesourarias bancárias passaram a reduzir suas fortes posições vendidas em dólar e impulsionaram a cotação da moeda norte-americana – que acumulou alta de 3,81% nas últimas quatro sessões.
Para Miriam Tavares, diretora de câmbio da AGK Corretora, o dólar já está sem muita força para subir, principalmente em momentos de maior fluxo de ingressos.
“Devagarzinho ele deve subir um pouco mais, mas não estamos esperando que vá subir todo dia sem limite de alta”, afirmou a diretora. “Deve encerrar o ano perto de R$ 2,25.”
Segundo ela, as tesourarias estão ajustando posições na expectativa de que as atuações do Banco Central no mercado de câmbio aconteçam com frequência.
Nesta tarde, o BC realizou mais um leilão de swap cambial reverso – que tem efeito de uma compra futura de dólares – e vendeu 7.US$ 365,3 milhões.
Desde que o BC retomou essas operações em novembro, o volume financeiro do leilão desta segunda-feira foi o menor.
“O mercado tem uma limitação, talvez os prazos não estejam atendendo as necessidades, em alguns prazos o mercado pode estar um pouco saturado”, comentou Miriam Tavares.
O BC também realizou mais um leilão de compra de dólares no mercado à vista, e aceitou 10 propostas, com taxa de corte a R$ 2,264.