Na próxima sexta-feira representantes de Sindicatos Rurais de Mato Grosso se reunirão, em Cuiabá, para pedir a prorrogação dos vencimentos dos Empréstimos do Governo Federal (EGF) e do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO).
Conforme o diretor do FCO do Ministério da Integração, Otaviano Muniz, o ministério está trabalhando junto com as prefeituras e sindicatos para conseguir a prorrogação. Ele explica que as dívidas se referem ao arroz cirrad, que devido a queda na comercialização teve que ficar estocado, e muitos agricultores não tem condições de pagar as dívidas que vencem no dia 31 de janeiro.
“Queremos aprovar na reunião do Conselho Deliberativo do FCO, no dia 10 de dezembro, a programação do FCO para todo Centro-Oeste em 2006. E aprovar o pedido da classe produtiva da região Norte, de prorrogar os vencimentos dos EGFs e FCO, para o produtor reter o arroz, que está sem preço, para ver se colhe a outra espécie que ele plantou e com o preço melhor no mercado ele consiga saldar o financiamento”, relatou.
Muniz também citou algumas saídas para a atual crise do agronegócio no Nortão. “Nós temos oportunidade de mercado de ter uma fábrica de leite em pó, laticínio, produzir aqui na região uma cultura de bacia leiteira, para que os pequenos produtores possam estar produzindo e assim gerar renda para dar uma sustentação nas pequenas propriedades. Temos que apoiar isso com pesquisa, Embrapa, e o FCO para financiar matrizes e genéticas”, completou.
Ele também salientou a produção de avicultura e suinocultura que seria uma alternativa para o consumir dos grãos que são produzidos na região. E reafirma a necessidade de buscar essas novas alternativas para toda a região. “Já está nascendo grama nos pátios de algumas empresas em Sinop, que empregavam de 200 a 300 pessoas. É preciso encontrar uma solução”, conclui.