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Nortão é destaque como grande produtor em Anuário Brasileiro do Arroz 2005

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Na edição de 2005 da revista Anuário Brasileiro do Arroz, o Estado de Mato Grosso ganhou destaque por causa da sua produção de arroz. Conforme publicação, o arroz de terras altas (região Norte) está ajudando a alavancar o desempenho mato-grossense no cenário do agronegócio brasileiro, já que ocupa a posição de maior produtor em terras altas do Brasil.

Essa posição é possível por causa do referencial em manejo, competição de cultivares, tecnologias de produção, armazenagem de grãos, industrialização, comercialização e cadeia produtiva consolidada da produção de arroz. E nem mesmo os problemas enfrentados pelos produtores nesta última safra, afetam esse destaque nacional.

Atualmente o Nortão tem médios e grandes produtores que colhem de 30 a 40 mil sacas de arroz por safra. Dos 600 mil hectares de arroz plantados na safra 2004/2005, a produtividade esperada é de 3kg mil de arroz por hectare. Conforme informações da Associação de Produtores de Arroz (APA) de Mato Grosso, esse número é menor que a meta de 3,2kg mil por hectare.

O presidente da APA e diretor da Agro Norte Pesquisa e Sementes, Angelo Maronezzi, afirma, em entrevista a revista, que o “excesso de chuvas e a incidência de doenças estão entre os principais fatores da quebra de produtividade. Porém o maior problema enfrentado pelos produtores é a presença do fungo Brusone nas lavouras, principalmente naquelas da variedade Primavera que tiveram sua resistência ao fungo quebrada”.

Angelo cita um outro problema, o péssimo estado de conservação das estradas que dão acesso aos principais portos de escoamento da produção, a BR-163 que liga a capital, Cuiabá, ao Porto de Santarém, no Pará. “O preço do frete e a infra-estrutura para transportar a safra praticante inviabilizam as exportações”, acrescenta.

Mas apesar das dificuldades, a comercialização da safra 2004/2005 tem se mantido estável. “As lideranças da cultura do arroz buscam, de forma responsável, estimular ou segurar o avanço da cultura atentas às perspectivas de mercado”, salienta Angelo.

Conforme a revista Anuário Brasileiro do Arroz 2005, o objetivo disso é evitar que um grande volume de produção possa colocar em risco o mercado interno gerando excedente que atrapalhe a remuneração não só dos agricultores do Centro-Oeste, mas do Brasil todo.

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