O presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), Nereu Pasini, declarou ontem, durante a reunião para discussão do acordo e termo de cooperação técnica para gestão florestal, que a indústria madeireira do Estado não suportará esperar até primeiro de janeiro para que a Sema comece a emitir as ATPFs de entrada da matéria-prima. Pasini propõe, segundo o jornal A Gazeta, a criação de medidas em caráter emergencial ao socorro do setor, como a liberação imediata de projetos de manejo protocolados no Ibama.
“Poderiam liberar os projetos e depois se encarregar da fiscalização, por exemplo. Após 90 dias do fim da Operação Curupira, o madeireiro não consegue a autorização para a entrada da madeira. Ou seja, quem trabalha na legalidade está sendo prejudicado, mas, infelizmente, as madeireiras ilegais continuarão atuando pelo Estado”.
Pasini ressalta que a situação do setor madeireiro se agrava com a proximidade do período de chuvas, quando a extração da madeira se torna inviável. Apesar disso, ele defende a atribuição ao Estado no que diz respeito ao controle do transporte florestal. “Antes existiam dois órgãos, a Fema e Ibama, que muitas vezes não respeitavam o pacto federativo e, além disso, eram dois gastos públicos distintos para a realização dos mesmos trabalhos. Esperamos que com esse novo sistema tudo seja mais eficaz”.