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Governo sinaliza com queda nas taxas de juros

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Apesar do temor com o aumento dos preços do petróleo no mercado internacional o Comitê de Política Monetária (Copom) começa a dar sinais de que a taxa básica de juros da economia brasileira pode cair já na reunião de setembro.

Hoje, o comitê do Banco Central divulgou a ata da última reunião, realizada na última semana. O órgão retirou do texto do documento a frase de que os juros deveriam continuar altos por um período suficientemente longo de tempo.

O aumento dos preços do petróleo é o principal risco para a trajetória futura de inflação, mesmo que não haja reajuste dos preços domésticos de gasolina, avaliou o BC na ata.

No documento, o Copom avalia que uma postura “mais ativa” dos juros poderá fazer com que os índices de inflação convirjam para a meta no curto prazo e que as expectativas para o longo prazo sejam afetadas de forma mais duradoura.

O BC ressaltou as melhores perspectivas para a inflação e disse que apesar de seguir acima da meta de 5,1%, sua projeção para a alta do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) neste ano caiu em relação a julho.

“Continua se configurando, de maneira cada vez mais definida, um cenário benigno para a evolução da inflação”, disse o Banco Central.

“As decisões de política monetária dos últimos meses, além de conter as pressões inflacionárias de curto prazo, estão contribuindo de forma importante para a consolidação de um ambiente macroeconômico cada vez mais favorável em horizontes mais longos.”

O Copom avaliou ainda que a atividade econômica continuará em expansão, mas em ritmo condizente com as condições de oferta e de modo a não resultar em pressões significativas para a inflação.

O BC afirmou que a economia mantém um ambiente de elevada utilização da capacidade instalada e que a trajetória da inflação dependerá da ampliação da oferta de bens e serviços, mas reconhece que já ocorre uma recuperação dos investimentos.

O documento ressaltou também que a demanda externa continua contribuindo para o crescimento econômico “de forma mais importante do que se imaginava no início deste ano”.

Sobre a mudança cambial na China, em julho, o BC disse que o movimento ocorreu sem maiores efeitos sobre a dinâmica dos principais ativos financeiros.

Na ata, o Copom prevê também alta de 7% em 2005 no conjunto dos preços administrados por contrato. A previsão é igual à de julho. Os itens administrados tiveram peso total de 29,6% no IPCA do mês passado.

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