Os últimos dois meses foram, de certa forma, adversos para alguns segmentos da economia de Sinop. Os momentos difíceis que o setor madeireiro vem passando e os baixos preços dos produtos agrícolas tiveram fortes reflexos na economia do município e atingiram diretamente o setor de geração de empregos.
Levantamento do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE)aponta que, em junho, houve mais demissões que contratações. O acompanhamento foi em 8 setores de atividades econômicas e refere-se apenas a trabalhadores com carteiras de trabalho assinadas. Não estão inseridos neste balanço, contratações temporárias e demissões de trabalhadores que estivessem trabalhando sem registro na carteira.
No comércio, 387 pessoas foram contratadas e 330 foram demitidas.
O setor que mais apresentou baixas foi o de indústrias de transformação, onde estão inseridas as indústrias madeireiras. Em junho foram 602 demissões e 202 contratações.
O saldo negativo, 400 pessoas sem empregos no setor madeireiro, deve-se, em grande parte, a Operação Curupira, que paralisou as indústrias madeireiras por cerca de 40 dias, pois elas não tinham mais como movimentar estoques sem as guias de Autorização de Transporte para Produtos Florestais (ATPFs), liberadas pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama).
Na agropecuária também foram registradas baixas: 79 trabalhadores rurais foram contratados e 99 demitidos. Na construção civil, houve 38 contratações com carteira assinada e 62 demissões. Para serviços gerais, foram 213 trabalhadores contratados e 225 demitidos.
A somatória geral de empregos e demissões em Junho, em Sinop, aponta 1.325 demissões e 923 contratacões. O saldo negativo foi de 402 vagas de trabalho.