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Exportações de compensados no Nortão caíram 80%

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As exportações de madeira, principalmente compensados caíram cerca de 80% nos últimos seis meses. Cerca de 50 indústrias madeireiras, associadas ao Sindusmad – Sindicato das Indústrias Madeireiras do Norte de Mato Grosso-, que trabalham com exportação, tiveram significativa redução na quantidade exportada. As indústrias da região Norte exportam principalmente para a China, Estados Unidos, Holanda, França e Alemanha.

O presidente do sindicato, Jaldes Langer, foi enfático: “Acredito que hoje estamos exportando apenas 20% do que exportávamos 6 meses atrás”. Vários fatores agravantes levaram a esta situação, segundo ele, principalmente a questão cambial.
“Esse é o fato mais sério no tocante a exportação de compensados. Na questão de madeira beneficiada, o problema não é tão sério assim, pois ainda há uma grande procura nesse mercado”, afirmou, ao Só Notícias.

O setor de compensados foi afetado também pelo mercado internacional, uma vez que o Brasil sofre forte concorrência da china, que compra o produto bruto, beneficia e revende. “Eles estão subsidiando a moeda deles em relação a paridade com o dólar e com isso os chineses tem entrado no mercado com preço muito mais acessível do que o da nossa região”, ressaltou.

No geral, as exportações mato-grossenses acumuladas até junho registram desempenho positivo nesse ano em relação ao ano passado. O valor total exportado é de US$ 1,94 bilhão em 2005 contra US$ 1,45 bilhão em 2004, um incremento de 33,8% no período janeiro a junho de cada ano.

As exportações de produtos beneficiados/industrializados ( exportações totais menos soja-grão ) foram de US$ 889,38 milhões nesse ano e de US$ 741,47 milhões no ano passado, registrando crescimento nominal de aproximadamente 20%, no mesmo período.

Segundo análise da Fiemt (Federação das Indústrias de Mato Grosso) sobre a evolução recente da economia e da indústria mato-grossense, considerando-se os indicadores de arrecadação de ICMS, consumo de energia elétrica e geração de empregos formais, ficam evidentes os sinais de desaceleração do nível de atividades da economia quando medida pela capacidade de geração de empregos formais, principalmente no setor agropecuário e na indústria madeireira, refletindo a crise desses setores da economia estadual.

Tal desempenho confirma-se também na queda do consumo industrial de energia elétrica no período considerado. No entanto, a arrecadação de ICMS, por outro lado, vem mantendo-se crescente, no intervalo de janeiro a maio desse ano, comparado com o mesmo período do ano passado, praticamente em todos os segmentos da economia, salvo em alguns setores industriais.

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