Após esfriarem em março, as taxas ao consumidor e às empresas subiram em abril, reflexo da elevação dos juros básicos definida pelo Copom no mês passado.
A alta dos juros básicos anunciada ontem –foi o nono mês seguido de aumento– deve pressionar mais um vez as taxas finais, diz a Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade).
Os juros médios do cheque especial foram de 158,90% para 159,48% ao ano de março para abril. Após a alta da Selic, a taxa deve alcançar 160,05% anuais.
Miguel Ribeiro de Oliveira, vice-presidente da Anefac, classificou a decisão do BC como “inoportuna, desnecessária e equivocada”.
Oliveira explica que o reflexo na ponta só não é maior porque já há deslocamento muito grande entre a taxa Selic e as taxas cobradas do consumidor.
No caso do empréstimo pessoal, as taxas subiram de 275,24% anuais em março para 284,21% anuais no mês passado. Com a nova Selic, a taxa vai bater nos 285,05% anuais.
Para empresas, a taxa anual do capital de giro saiu de 64,22% em março para 64,97% em abril –foi agora para os 65,35%.