Uma investida de vendedores de redes ao município semana passada provocou ação da Câmara de Dirigentes Lojistas de Alta Floresta, que cobrou que a Prefeitura passe a monitorar com maior rigor a atuação de vendedores ambulantes, prática que tem se contornado comum no município e que culmina na evasão de receita e redução na atividade produtiva que atua dentro dos padrões estabelecidos pela legislação comercial.
Na denúncia formulada junto à administração municipal, a CDL afirmou que pelo menos três caminhões de redes foram descarregados em Alta Floresta nos últimos dias. Os vendedores vasculham a cidade para comercializar um produto que também é fabricado por empresas ou mesmo artesãos locais. Por não pagarem impostos, os ambulantes acabam vendendo por preços mais baixos seus produtos, tirando a oportunidade de negócios pelos comerciantes locais.
O negócio de redes é apenas um exemplo do que a atividade ambulante tem praticado em Alta Floresta. “Está tendo uma invasão de comércio ambulante em nosso município. Nós procuramos a senhora prefeita, dias atrás, procuramos também o secretário de finanças colocando a nossa preocupação”, destacou Valdemir José Dobri, presidente da CDL.
Na opinião do empresário, se o município tem os segmentos comerciais atuantes seria interessante que a administração valorizasse o grupo já instalado e que produz renda e gera empregos, mesmo que em pequena escala. Dobri teme que a situação, já crítica, se torne insuportável para o empresariado, caso não haja uma solução imediata por parte das autoridades.
O que a CDL espera da prefeitura nada mais é que a aplicação da legislação em vigor. A entidade não tomou medidas em relação aos ambulantes porque cabe ao poder público adotar os mecanismos para normatizar a atividade.
“Esperamos que isso seja resolvido o mais rápido possível para que não haja mais dinheiro saindo de Alta Floresta sem ser produzido aqui na nossa região”, concluiu o empresário.