Um assunto que chamou bastante atenção dos produtores presentes nas palestras da 8ª Festa do Arroz, foi a Integração Lavoura/Pecuária:sustentabilidade para o agronegócio. Essa palestra foi minstrada pelo chefe adjunto de comunicação e negócios da Embrapa, Luiz Carlos Balbino.
Ele explicou melhor, ao Só Notícias, como funciona esse sistema e quais os benefícios trazidos, tanto ao produtor como ao meio ambiente.
“O sistema é sustentável. Serve para aumentar a produtividae das culturas e, em contrapartida, diminuir a degradção do meio ambiente e os custos de produção. A idéia é utilizar modernas tecnologias com recomendações para cultura de grãos e pecuária, tendo retorno maior com menor impacto”, salientou.
A técnica utilizada para diminuir o impacto ambiental é o plantio direto. Esse, reduz a perda de solo e evita que produtos químicos vão para as nascentes e mananciais. Com cobertura eficiente do solo, usa-se menos pós emergentes, tem-se, ainda, um controle de fungos no solo, mas com diminuição de agrotóxicos.
“Essa teconologia é utilizada há 30 anos, no sul do país. O cultivo da cultura de grãos sem revolvimetno do solo, ou seja, acontece a disecação da área e as sementes são plantadas sobre a palhada, proporciona movimentar menos o solo, o que conseqüêntemente, utiliza menos energia, menos combustível e a poluição do ar com gases poluentes é menor. É então que entra a diminuição dos custos de produção. O produtor passa a gastar menos com óleo diesel e os rendimentos, bem utilizados, vão ser maiores que o cultivo convencional”, afirmou.
“O sistema de lavoura/pecuária traz vantagens para ambos os setores. O pecuarista que passa a utilizar a lavoura, tem na fertilização química de grãos a gama de tecnologia que vem junto e melhora a fertilidadee do solo. Ele passa, então, a vender o grão e usa o retorno econômico para pagar o custos de reforma de pasto. Já para o lavoureiro, que hoje, tem problemas sérios com a diminuição do teor de matéria orgânica e perda de estruturação do solo, por causa dos anos de cultivo, utiliza o sistema de intercalar o pasto com plantação. Assim ele evita desmatar a área, dando maior estrutura ao solo e as rendas da pecuária tecnificada, podem se tornar maiores do que a cultura da soja, com riscos menores”, finalizou.
“Já estou aplicando essa técnica na minha fazenda. Ela melhora o custo da terra e permite o uso anual dos maquinários e da terra. Já plantamos na última safra e agora estamos preparando o solo para receber o gado”, disse ao Só Notícias, uma das produtoras de arroz, presente na festa, Claudia Sisneros.