A Agência Nacional da Aviação Civil (Anac) inicia amanhã (26) auditagem na companhia aérea TAM, com sede em São Paulo, para descobrir os motivos dos atrasos e cancelamentos de vôos que causaram transtornos a clientes de praticamente todo o país.
O mesmo procedimento será realizado nas outras companhias para verificar como está sendo feito o processo de reservas de vôos e vendas de passagens para o feriado do ano novo. A informação é da própria agência reguladora.
O objetivo é evitar que se repita, na virada do ano, a situação de caos registrada na semana do Natal quando os problemas foram detectados, principalmente, em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Por conta do atraso e cancelamento de vôos, passageiros foram obrigados a enfrentar filas que davam voltas pelos salões de embarque dos aeroportos.
No dia 23 passageiros da TAM quebraram guichês da empresa em alguns aeroportos. Pessoas foram detidas pela Polícia Federal. No aeroporto de Congonhas (SP), funcionários da TAM deixaram de atender passageiros nos guichês alegando falta de segurança e agressões.
Segundo a Anac, com exceção da Varig que tem seu sistema de reservas sediado no Rio de Janeiro, as demais companhias de aviação civil tem este serviço sediado em São Paulo. Os problemas ocorridos na semana do Natal obrigaram a Aeronáutica a colocar a disposição da TAM aviões e tripulações da Força Aérea Brasileira (FAB) para amenizar o problema.
No dia 23, em nota oficial, a TAM elencou os motivos que teriam causado os transtornos a seus clientes que tinham vôos marcados entre os dias 20 e 23. Segundo a companhia, os atrasos registrados foram conseqüência de problemas ocorridos no dia 20 como questões meteorológicas que obrigaram o fechamento do aeroporto de Congonhas e, por conseqüência a transferência de 9 vôos para outro aeroporto.
A empresa também registrou, nesta nota, a parada para manutenção corretiva “de pouca relevância mas absolutamente necessárias para a preservação da segurança de vôo”. Segundo a TAM, quedas sucessivas na rede de dados da Infraero e da empresa, no aeroporto Tom Jobim (RJ), também contribuíram para o atraso dos vôos como, também, “os atrasos decorrentes do sistema de controle do tráfego aéreo.
A companhia aérea considerou improcedentes informações divulgadas na imprensa por conta de falta de tripulação para vôos programados da empresa. “Em alguns vôos houve a necessidade de troca de tripulação para atender normas vigentes da aviação brasileira a respeito da regulamentação de pilotos, co-pilotos e comissários”, informou a TAM na nota oficial do dia 23.