A Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), desmontou o maior esquema de extração ilegal e criminosa de madeira nobre na região de Brasnorte, no Nortão. Na avaliação técnica do analista ambiental Heverton de Almeida, apenas uma empresa clandestina com fachada de legal, extraiu mais de 1 milhão de metros cúbicos de madeiras nobres, avaliados em quase R$ 1 bilhão em menos de três meses. Um madeireiro foi preso em flagrante acusado de porte ilegal de arma de fogo e indiciado em crime ambiental.
A empresa tinha com cadastro legal junto a Sema, mas, segundo a polícia, servia como fachada, pois era usada apenas para lavar produtos de roubo. Nela foram apreendidos na manhã de hoje, 300 metros cúbicos de madeiras nobres, três caminhões, um trator CBT, uma pá carregadeira e dezenas de equipamentos usados para serrar árvores de grande porte.
O esquema, segundo relevou o tenente Antonio Carlos Costa, da Superintendência de Ações Descentralizadas (Suad) da Sema – ele está no local juntamente com o coordenador ambiental Credson D’ávila e do analista ambiental Herverton -, funcionava em uma madeireira clandestina, sem nome e sem cadastro, no meio do mato a cerca de 180 quilômetros de Brasnorte, dentro da Gleba 13 de Maio.
Armas de fogo: duas espingardas de grande porte e um revólver Magnum calibre 357 de uso restrito por ser uma arma importada. Dentro da madeireira clandestina, segundo o tenente Costa, trabalhavam também na clandestinidade, cerca de 30 pessoas, que também foram retiradas do local.
As investigações do tenente Costa, com apoio dos fiscais ambientais, concluíram que o madeireiro derrubava e roubava a madeira. Arrastava as toras para dentro da empresa clandestina dele, e de lá, em toras e ou já serradas, eram transportadas por caminhões, também clandestinos até a madeireira onde era feita a legalização da madeira, vendida como se fosse legal.