A FIEMT – Federação das Indústrias de Mato Grosso, confirmou que, até agosto de 2006, a economia mato-grossense gerou ou formalizou 14.644 novas vagas de empregos formais sendo 10.043 na indústria, 2.554 no setor de serviços, 16 no setor público e apenas 1.387 no setor agropecuário. No comércio, o saldo é ainda negativo com cortes de 1.794 vagas formais. Quando comparados com o mesmo período de 2005, os resultados ainda mostram fortíssima desaceleração no mercado formal de trabalho. No setor agropecuário form 4.903 empregos a menos, no comércio -3.474, na prestação de serviços -1.767, e na industria extrativa mineral -91, gerando menos vagas em 2006 em relação a 2005, validando a gravidade da crise do agro-negócio, que influencia diversos setores da economia.
Um dos pontos positivos apontados no período, foi uma forte recuperação de empregos na indústria (+10.043) especialmente na indústria de transformação (+7.846) e construção civil (+2.213), o que ajudou a minimizar os cortes de vagas formais no Estado, que mesmo assim fechou em menos 181 até agosto deste ano, comparado com o mesmo período do ano passado.
Segundo o economista da FIEMT, Carlos Vítor Timo Ribeiro, novos investimentos industriais já anunciados para Mato Grosso, deixam a vislumbrar novos rumos para a economia a partir de 2007. Em Lucas do Rio Verde, por exemplo, a empresa Fiagril, está investindo R$ 31 milhões na construção de uma usina de biodiesel, com capacidade inicial de produção de 50 milhões de litros por ano. A multinacional ADM – Archer Daniels Midland Company anunciou a implantação do maior empreendimento de biocombustível do mundo, com capacidade para 500 toneladas / dia, orçado em US$ 35 milhões e que deverá operar no segundo semestre de 2007.