A projeção de reajuste para os preços da energia elétrica ao longo do ano ficará em 2,5% e não em 2,7% como estimou, em agosto, o Comitê de Política Monetária (Copom).
A projeção foi revista na semana passada, durante a reunião do colegiado de diretores do Banco Central (BC). As informações estão na ata da reunião, divulgada hoje (26) pela autoridade monetária.
Com base nas informações colhidas entre os dois encontros – relativas a impactos de preços administrados ou monitorados (combustíveis, energia elétrica, telefonia, medicamentos, educação, saneamento, transporte urbano e outros) – eles também reviram, para menos, a previsão para a telefonia fixa no ano. A estimativa passou de inflação negativa de 0,9% para deflação de 0,8%.
Passada a fase de preços mais altos do petróleo no mercado internacional, o Copom ficou mais confortável para manter a projeção de reajuste zero para a gasolina em 2006.
Ao contrário das duas atas anteriores, nas quais citava a possibilidade de eventual aumento nos preços, o documento atual não menciona qualquer preocupação a respeito, embora destaque que os preços caíram e continuam em patamar elevado.
Dentre os preços administrados, o Copom mantém a projeção de reajuste acumulado de 0,1% para o gás de cozinha. No cômputo geral, a estimativa é que os preços administrados vão aumentar 4,4% em 2006 – mesma previsão de agosto, que corresponde a 31,2% na composição do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que serve de parâmetro oficial para a inflação.
Segundo o Copom, considerados os preços administrados e os preços livres, cuja correção é menor, “houve significativa redução” das expectativas da iniciativa privada sobre a variação do IPCA, para algo em torno de 3% neste ano e de 4,06% nos próximos 12 meses.
As perspectivas de inflação para 2007 também estão abaixo da meta de 4,5%, e os analistas de mercado consultados pelo BC estimam IPCA de 4,20% no ano que vem.