O dólar fechou a semana com ligeira alta nesta sexta-feira, em uma sessão mais tranqüila em que a moeda oscilou de acordo com a reação externa aos dados norte-americanos.
O dólar fechou o dia com valorização de 0,19%, a R$ 2,164. Na semana, a moeda acumulou declínio de 0,32%.
O principal guia do mercado foram os dados de emprego nos Estados Unidos. Enquanto a abertura de postos de trabalho em setembro foi bem mais fraca que o esperado, houve forte revisão para cima nos dados de agosto.
Os dados alimentaram a visão de que, ao mesmo tempo que o Federal Reserve não tem motivos para elevar os juros, também não deve ocorrer um corte tão cedo quanto alguns investidores imaginavam.
“De manhã teve a divulgação de uns dados um pouco confusos, que deram uma forçada para que tivesse uma realização lá fora e aqui acompanhou, mas não com muita força”, disse Daniel Szikszay, gerente de câmbio do banco Schahin.
As Bolsas norte-americanas operavam com ligeira baixa nesta tarde, enquanto o rendimento dos treasuries (títulos americanos) de dez anos subia com um pouco mais de vigor, perto de 4,69%.
O diretor de câmbio da corretora Novação, Mário Battistel, destacou ainda o avanço do dólar frente a outras moedas depois dos números de emprego.
“O dólar se valorizou frente às principais moedas e aqui, na falta de um outro componente, acabou corrigindo”, disse Battistel, acrescentando que a baixa do dólar frente ao real nos últimos dias também favoreceu um ajuste.
O Banco Central realizou leilão de compra de dólares no fim da manhã e aceitou cinco propostas, com corte a R$ 2,1635.