O dólar encerrou a sexta-feira estável, a R$ 2,208, perdendo força no final do dia com um movimento de realização de lucros e com a entrada de exportadores. O mercado manteve-se de olho ainda no cenário externo e nos desdobramentos do quadro político doméstico.
Durante todo o pregão a moeda norte-americana se manteve acima de R$ 2,20 – patamar reconquistado na véspera e que não era visto desde julho.
Na máxima do dia, o dólar avançou 0,59% e chegou a R$ 2,221. Na semana, a moeda norte-americana acumulou alta de 2,55%.
A preocupação com o crescimento da economia mundial, em especial dos Estados Unidos, e com a cena política interna se manteve no foco do mercado.
A semana foi marcada pelo fortalecimento da aversão ao risco no cenário internacional, o que prejudicou o desempenho dos mercados emergentes.
À notícia de golpe militar na Tailândia se somaram dados industriais dos Estados Unidos, divulgados na quinta-feira, que foram mais fracos que o esperado e sinalizaram um desaquecimento maior da economia norte-americana.
No ambiente doméstico, a tensão política aumentava com a aproximação das eleições em 1º de outubro. Denúncias envolvendo o chamado “dossiê Serra” estiveram no centro das atenções.
Pelo segundo dia consecutivo, o Banco Central não fez leilão de compra de dólares no mercado à vista. Depois de um jejum de quase um mês, porém, a autoridade monetária realizou um leilão de swap cambial reverso.
O BC vendeu todos os 12,7 mil contratos ofertados, equivalentes a US$ 603,4 milhões, tendo como alvo a rolagem parcial de contratos que vencem em 2 de outubro.