O Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a estimativa de aumento zero para gasolina em 2006. A informação está na ata da mais recente reunião do Copom, ocorrida em 29 e 30 de agosto e que reduziu o juro básico da economia para 14,25% ao ano, sem viés.
O Copom também manteve inalterada sua estimativa de reajuste de 0,1% para o gás de cozinha.
No entanto, o Banco Central admite, na própria ata, que o preço internacional do petróleo está muito alto para que a gasolina não seja reajustada. “O cenário central de trabalho adotado pelo Copom, que prevê preços domésticos da gasolina inalterados em 2006, vem se tornando progressivamente menos plausível, e, portanto, aumentaram significativamente os riscos à sua concretização”, diz o texto. “Caso se consolidem as tendências observadas recentemente, o Copom poderá ter de incorporar ao seu cenário central de trabalho uma elevação dos preços domésticos da gasolina ainda em 2006.”
O Copom justifica a insistência na previsão de aumento zero para a gasolina com a avaliação de que as cotações do petróleo são vítimas de especulação e que isso cobre de incertezas a previsão sobre os preços. Os componentes do grupo reconhecem, contudo, que “as chances de um recuo mais significativo das cotações parecem pequenas no horizonte de curto prazo”.