O setor madeireiro é um dos principais responsáveis pela economia mato-grossense. Este fato possibilitou o crescimento de outro segmento do setor de base florestal – o moveleiro. Em Mato Grosso existem hoje cerca de mil fábricas de móveis, sendo que a maior parte está concentrada na região Norte e em Cuiabá e Várzea Grande. De acordo com dados do Sindicato Intermunicipal das Indústrias do Mobiliário de Mato Grosso (Sindimóvel) e do Sindicato das Indústrias Móveis do Norte de Mato Grosso (Simonorte), a produção mensal do setor chega a aproximadamente R$ 1.350 milhões.
Para o presidente do Simonorte, Mauro Feronato, o setor na região está se desenvolvendo, mas enfrenta muitas dificuldades, como por exemplo, a falta de alguns insumos para produção como acessórios para os móveis e alguns tipos de matéria-prima como laminados e chapas que precisam ser compradas em outros Estados. “Para a produção de móveis de madeira maciça, conseguimos utilizar a matéria-prima daqui do Estado mesmo, porém precisamos trazer de fora materiais que não encontramos aqui como maçanetas, puxadores, alguns tipos de lâminas e chapas de madeira”, explica Feronato.
Outro empecilho para o setor é a falta de tecnologia no sistema produtivo, o que acaba encarecendo um pouco o produto final. “Aproximadamente 80% das empresas moveleiras da região norte trabalham sob encomenda. Os outros 20% fazem produção regional e 5% exportam seus produtos para outros países como França, Bélgica e Estados Unidos. Porém queremos elevar em 80% a produção em série das indústrias”, afirma ele.
A região Norte possui cerca de 400 fábricas de móveis, praticamente o mesmo número existente em Cuiabá e Várzea Grande, segundo o vice-presidente do Sindimóvel, Fernando Ávila. De acordo com ele, os principais móveis produzidos pelas empresas são armários em geral, mesas, cadeiras e camas. O diferencial do mobiliário feito no Estado é a utilização de madeira maciça em alguns produtos, o que atrai clientes mato-grossenses e de outros Estados. “Pretendemos expandir ainda mais nosso mercado”, diz.