Tendo a Ferronorte como ponto de facilitação ao escoamento da produção de álcool, existem hoje 15 projetos em estudo de construção de fábricas de etanol, a maioria delas na área de influência da ferrovia. Os empreendimentos são considerados de médio porte, com a demanda de investimento avaliada em R$ 150 milhões cada, somando o total de R$ 2,250 bilhões.
De acordo com o jornal A Gazeta, a capacidade individual de moagem é de 1,5 milhão de toneladas de cana-de-açúcar por safra, o equivalente a 180 dias de produção. Cada usina também irá consumir 24 mil hectares de terra para a formação do canavial, num acumulado de 360 mil hectares. A média é baseada na base de rendimento de 75 toneladas por hectare, acrescidos da reserva legal ambiental.
O período de maturação de um empreendimento como esse até o início da produção é de 6 anos, necessário para a formação do canavial. Confirmados os estudos as fábricas serão instaladas em Rondonópolis, Alto Araguaia, Guiratinga, Ribeirãozinho, Pedra Preta, Alto Garças, Torixoréu, Campo Verde, Primavera do Leste, Alto Taquari, Juara, Alta Floresta, Tapurah, Sinop e Cuiabá. Segundo José Epaminondas Conceição, secretário-adjunto de Indústria e Comércio, até agora 3 investidores já tiveram cartas consultas aprovadas pela secretaria para a instalação de plantas em Sorriso, Tangará da Serra e Alto Boa Vista.
Ele afirma que para estimular a consolidação dos investimentos o governo do Estado está encaminhando cartas a grupos de investidores no país há cerca de 3 meses com a oferta de inclusão no Programa de Desenvolvimento Industrial e Comercial de Mato Grosso (Prodeic), base de concessão de incentivos fiscais. Ele destaca que outra vantagem essencial disponibilizada pelo Estado é o solo e clima adequados para o cultivo da cana, com o período de chuvas intercalado por 6 meses de seca.