A quantidade de sementes de soja clandestinas, as chamadas sementes piratas, deve ser menor em Mato Grosso na safra deste ano, que começa a ser plantada já no mês que vem. O principal motivo da estimativa de redução é o “vazio sanitário”, imposto pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) no Estado para tentar fazer o controle da ferrugem asiática da soja, para soja irrigada. “A maioria destas sementes piratas era produzidas em terras irrigadas, com a técnica de pivôs. Com esta proibição do plantio da soja irrigada o número das sementes clandestinas deve ser quase inexistente”, afirma o presidente do Sindicato Rural de Sinop, Antonio Galvan.
Ainda assim a estimativa é de que cerca de 10% das sementes de soja comercializadas no mercado mato-grossense sejam clandestinas. Esta porcentagem é causada pela falta de sementes legais no mercado mato-grossense. Os produtores que adquirem sementes legais podem ter a certeza de qualidade física, genética, fisiológica e sanitária, o que não acontece com as piratas. A produção informal pode também causar ainda a contaminação das lavouras. Em Mato Grosso, fungos como o mofo branco (sclerotinia), foram trazidos em função da compra de sementes clandestinas. Em média a saca de 40 quilos de semente está sendo comercializada entre R$ 45 e R$ 50 no Estado.