O dólar fechou com leve baixa de 0,14% nesta quinta-feira, vendido a R$ 2,178, acompanhando a melhora nas bolsas de valores norte-americanas.
O leilão de compra de dólares do Banco Central pela manhã também ajudou a trazer alívio para o mercado de câmbio, afirmou um diretor de câmbio de um banco nacional, que não quis ser identificado.
Na primeira etapa dos negócios, o dólar chegou a subir 0,55% na cotação máxima, a R$ 2,193, na esteira do desempenho negativo das bolsas nova-iorquinas e européias. Mas os mercados acionários dos EUA rumaram para o campo positivo à tarde.
A decisão inesperada do Banco da Inglaterra de elevar o juro a 4,75% e o aumento no juro pelo Banco Central Europeu para 3,0% alimentaram apostas de que o Federal Reserve deva seguir o mesmo caminho, disseram analistas norte-americanos.
“O mundo todo está com problema de inflação, os juros europeus subiram hoje e o norte-americano deve subir (na próxima semana)”, disse Paulo Fujisaki, analista de mercado da corretora Socopa.
“Estão trabalhando em cima de alta de 0,25 (ponto percentual), que se vier não será uma surpresa”, completou.
Investidores ficarão atentos aos dados do mercado de trabalho dos EUA na sexta-feira, em busca de mais sinais para a decisão do Fed.
Internamente, a atuação do BC continuou influenciando o movimento do dólar. A autoridade monetária aceitou nove propostas no leilão de compra de dólares, com corte a R$ 2,186.
“Quem está comandando é o Banco Central, no dia em que o dólar sobe muito ele compra menos, o mercado fica fraco e cai no dia seguinte, e aí quando cai muito, ele compra mais e o mercado sobe”, explicou um gerente de câmbio de um banco nacional, que pediu anonimato.
Segundo estimativas do mercado, o BC já adquiriu mais de US$ 700 milhões nos três leilões deste mês.