O dólar encerrou em baixa de 0,50% nesta quarta-feira, a R$ 2,181, derrubado por ingressos de recursos e pelo quadro externo mais favorável.A agenda fraca de indicadores na sessão também deixou o mercado mais tranqüilo, disseram analistas.
“Foi principalmente fluxo”, resumiu o diretor de câmbio da corretora Novação, Mário Battistel. “Com esses juros altos, a menos que aconteça algo lá fora, a tendência é continuar nesse ritmo.”Dados divulgados pelo Banco Central nesta manhã mostraram que o fluxo cambial ficou positivo no mês de julho, em US$ 2,492 bilhões.
A posição comprada em dólar (aposta na alta da moeda) dos bancos também diminuiu bastante, de US$ 4,391 bilhões em junho, para US$ 1,781 bilhão no mês passado.O BC voltou a comprar dólares no mercado à tarde, mas a operação foi insuficiente para conter a apreciação do real.
A autoridade monetária aceitou 12 propostas, com taxa de corte a R$ 2,178. No front internacional, houve mais otimismo depois da realização de lucros na véspera por preocupações renovadas com a inflação nos Estados Unidos.
O rendimento dos Treasuries de 10 anos recuava nesta tarde, a 4,961%. As bolsas de valores norte-americanas operavam em alta desde o início do pregão.O gerente de câmbio da corretora Liquidez, Francisco Carvalho, ponderou que o mercado aguarda os dados sobre postos de trabalho nos EUA, que saem na sexta-feira, para firmar apostas para a decisão do Federal Reserve na próxima semana.
“Até lá, a tendência é o dólar trabalhar entre R$ 2,17 e R$ 2,18, no máximo até R$ 2,20”, afirmou.