O dólar encerrou em alta nesta terça-feira apesar do cenário internacional tranqüilo. A presença do Banco Central no mercado tem estabelecido um piso informal para a cotação.
Depois de iniciar o dia estável, o dólar fechou com valorização de 0,46%, vendido a R$ 2,203.
Nas últimas sessões, o dólar tem oscilado entre R$ 2,19 e R$ 2,20 por conta dos leilões de compra de dólar do BC, que acabam enxugando a liquidez e impedem um declínio maior da moeda norte-americana.
“Está parecendo que o suporte do BC está nesse nível de R$ 2,18, R$ 2,19, porque sempre que ameaça bater ali, ele aumenta as intervenções”, destacou Francisco Carvalho, gerente de câmbio da corretora Liquidez.
A autoridade monetária fez leilões de compra neste mês praticamente todos os dias, aceitando, em média, dez propostas nas operações recentes. No leilão desta terça-feira, o BC aceitou cinco ofertas, com taxa de corte a R$ 2,202.
Desde o dia 17, as reservas internacionais já aumentaram US$ 1,68 bilhão, com o montante a US$ 65,701 bilhões na última segunda-feira.
O operador de câmbio de uma corretora nacional citou ainda como ponto de pressão sobre a cotação o anúncio de que a Petrobras recomprou US$ 1,215 bilhão em dívidas. A operação será liquidada na quinta-feira, informou a estatal em nota.
No front externo, as bolsas de valores norte-americanas operavam em alta nesta tarde e os títulos da dívida externa brasileira tinham desempenho positivo. O risco-País caía 3 pontos, a 228 pontos-básicos sobre os Treasuries.
Os preços internacionais de petróleo também fecharam em queda, com o barril recuando mais de US$ 1 em Londres e Nova York.