A inadimplência entre as pessoas físicas cresceu 13,1% de abril para maio, após recuar 11,4% no mês anterior. Em relação ao maio de 2005, o aumento foi ainda mais expressivo, de 22%.
Nos cinco primeiros meses de 2006, a inadimplência teve alta de 16,7% na comparação com o mesmo intervalo de 2005.
Segundo dados da Serasa, no mês passado, o peso dos cheques sem fundos na inadimplência da pessoa física se igualou ao das dívidas com cartões de crédito e financeiras.
Em maio, o registros de cheques sem fundos representaram 32,7% da inadimplência dos consumidores, e as dívidas com cartões de crédito e financeiras, 35,4%. As dívidas com os bancos tiveram peso de 31,9% na inadimplência dos consumidores.
Os técnicos da Serasa explicam que o maior número de dias úteis em maio deste ano do que em abril e o mesmo mês de 2005 acabou resultando em um volume mais expressivo de registros de inadimplência. Maio último teve 22 dias úteis, contra 18 em abril e 21 no quinto mês do ano passado.
“O consumidor tem se endividado a prazos mais longos e ainda carrega os compromissos assumidos no Natal de 2005. Além disso, neste ano, o consumidor está respondendo às promoções do varejo, que têm nas facilidades do crédito a grande motivação para o consumo e que exige, por parte desse segmento, a utilização de metodologias adequadas para a concessão de crédito”, divulgou a Serasa.
Os técnicos avaliam, ainda, que pelo lado do consumidor, o menor desemprego, a maior contratação com carteira assinada e a redução gradual das taxas de juros têm sido fatores atenuantes da inadimplência.