Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que a indústria mato-grossense já participa com 21% do PIB (Produto Interno Bruto) estadual. Além disso, nos últimos três anos, o setor industrial vem aumentando sua contribuição para a arrecadação total do Imposto sobre Circulação de Produtos e Serviços (ICMS) de Mato Grosso, um bom indicador do nível de produção e vendas do mercado interno. Para comemorar estes dados e discutir assuntos pertinentes ao setor, a Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Fiemt) celebra no próximo dia 25 (quinta-feira), o ‘Dia da Indústria’.
Apesar do desenvolvimento do setor em todo o país, uma pesquisa realizada CNI revela que o crescimento não é maior em função do principal entrave para a indústria brasileira: a elevada carga tributária. As elevadas taxas de juros, que costumavam figurar como segundo maior problema para as indústrias de grande porte, perderam espaço para a taxa de câmbio, o que mostra que a crescente valorização do real vem reduzindo a rentabilidade das empresas exportadoras. Os juros altos são agora apontados como o terceiro maior problema para as grandes empresas, lembrados por 46% das indústrias consultadas. Em seguida, vêm a competição acirrada do mercado e a falta de demanda.
Porém, para as empresas de pequeno e médio porte, a competição acirrada foi mencionada como o segundo maior problema do setor, citada por 42% das empresas pesquisadas. Em seguida, ficou a falta de demanda e as elevadas taxas de juros, ambas registradas por 39% dos empresários consultados, e a falta de capital de giro, lembrada por 24% dos entrevistados como um dos maiores entraves do setor.
“Apesar da crise em alguns setores, Mato Grosso conseguiu grandes vitórias: o aumento de instalação de grandes indústrias, o incremento das exportações de produtos mato-grossenses para o mercado externo, melhoria e ampliação de nossa linhas rodoviárias e a chegada do gás natural nas bombas de combustível da grande Cuiabá”, destaca o presidente da Fiemt, Nereu Pasini.
Para o presidente da CNI, a previsão dos números para este ano é animadora. A inflação deve ser de aproximadamente 4% e a taxa de crescimento deve fechar acima dos 4% esperados. Há também um aumento na renda dos brasileiros, no consumo das famílias e na massa salarial. “O cenário da economia é favorável”, comemora.
Por outro lado, Monteiro Neto frisou a preocupação do setor industrial com a área fiscal. Para ele, o modo como o ajuste fiscal vem sendo conduzido, por meio da receita e constante aumento dos tributos, deve ser modificado de forma que a carga tributária possa ser reduzida. “Deve-se controlar a expansão dos gastos para que o gasto corrente cresça menos do que o Produto Interno Bruto (PIB)”. Ele afirma que a indústria vem crescendo mais do que outros setores da economia, mesmo com as condições desfavoráveis como o custo de capital, problemas de infra-estrutura e logística, além da própria carga tributária.
Programação – Durante a próxima semana, o presidente da Fiemt e o secretário de Estado de Indústria, Comércio, Minas e Energia, Alexandre Furlan, irão apresentar dados referente ao setor no Estado aos veículos de comunicação. Na quinta-feira (25.05), às 12h, a Fiemt irá oferecer um almoço aos empresários e autoridades do Estado, no Senai-Fiemtec. O governador do Estado, Blairo Maggi, já confirmou presença no evento.
Durante a comemoração, serão lançados a 1ª Feira de Indústria Eletromecânica Nacional em Mato Grosso (Feimat), que será promovida no período de 8 a 12 de agosto, em Cuiabá, e o Pró-Madeira 2006, que será realizado entre os dias 24 a 27 de agosto, no município de Sinop (481 km da Cuiabá). Outras informações pelos telefones (65) 3611-1516 e 3611-1594.