A colheita de arroz em Mato Grosso deve ser aproximadamente 60% menor que a do ano passado, quando foram colhidas 2 milhões de toneladas. Além disso, a safra de 2006 vai encontrar um mercado nada receptivo. Quem afirma é o presidente da Associação dos Produtores de Arroz (APA) -sediada em Sinop- Angelo Maronezzi.
Ele explicou que não há uma projeção de quantas mil toneladas da safra atual foram colhidas, até agora, no Estado. Mas, a colheita, está entrando na reta final.
Cirad e Primavera são as variedades mais plantadas nesta safra. “Com a desclassificação do Cirrad (espécie de arroz) muitos optaram por plantar a variedade Primavera, que tem uma produção bem menor”, explicou o presidente.
Essa diminuição na área plantada , segundo Maronezzi, é culpa da troca da espécie de arroz cultivado no Estado e dos momentos adversos que o agronegócio de Mato Grosso, a exemplo de outros Estados, atravessa.
Já a previsão nada otimista de bons negócios é baseada na grande produção de arroz no Sul do país, que teve uma safra maior que a do ano passado.
“O sul tem uma quantidade enorme de produto para oferecer, isso, consecutivamente, o preço deles será menor e irá atrair mais compradores”, explica Angelo.
O presidente da APA ainda não arrisca uma data para que o arroz matogrossense volte a encontrar “bons mercados”, mas explica que, com a venda de parte da produção sulista, deve acontecer um balanceamento entre os preços dando saída à safra matogrossense. Mas, até que isso aconteça, grande parte do arroz de Mato Grosso deve ficar armazenada.