Cerca de 20% das obras do frigorífico de ovinos, que está sendo construído em Sinop, já estão concluídas. A obra deve ser concluída até outubro e os abates devem começar no mês de novembro. Segundo o empresário Gustavo Ugioni, que esteve na central de jornalismo do Só Notícias no último sábado, ainda devem ser construídas as áreas de desossa e matança. O novo frigorífico está sendo construído no bairro Alto da Glória, em uma área de 1,8 mil metros quadrados.
Ugioni destacou que o frigorífico atenderá a produção de ovinos entre os municípios de Lucas do Rio Verde e Guarantã do Norte. Inicialmente, serão abatidas 200 cabeças ao dia. A produção será destinada para São Paulo, que, segundo Ugioni, é o principal mercado consumidor de carne de ovinos no país.
A dispensa de altos investimentos com tecnologias, já que os animais são rústicos e ocupam pouco espaço, além de reproduzirem-se com facilidade, são algumas das vantagens da ovinocultura. Mas um dos maiores problemas encontrados, segundo o empresário, é a falta de qualidade genética nos rebanhos. “O frigorífico precisa um rebanho de 40 mil matrizes. Segundo a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural, existem hoje aproximadamente 70 mil matrizes no Estado. Porém, essas matrizes não apresentam uma carga genética satisfatória, para trazer a carcaça que necessitamos para poder colocar no mercado”, acrescentou.
Este é um dos desafios que o novo frigorífico está buscando soluções junto aos produtores da região. Desde o início do ano a empresa está visitando os municípios da região e apresentando novas alternativas aos produtores. “Estamos difundido a ovinocultura em vários municípios do Estado e orientando o produtor a fazer o melhoramento genético no seu rebanho, e também incentivando novos produtores a entrarem na atividade, já que, segundo os custos e alguns estudos que realizamos, observamos que é uma atividade lucrativa e vem trazer uma nova alternativa econômica dentro da propriedade”, explicou.
Os produtores de ovinos do Nortão também passarão a contar com o apoio da Associação Brasileira dos Criadores de Ovinos (ARCO), que fortalecerá seus trabalhos a partir de maio, na região. Uma nova técnica veterinária da associação estará acompanhando os produtores na escolha de reprodutores, na seleção dos animais puros de origem ou cruzados, no melhoramento das espécies e seleção de manejo reprodutivo e nutricional, que hoje é uma das maiores necessidades do mercado.