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Dólar cai e fecha em R$ 2,11

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O câmbio acompanhou a calmaria no cenário externo nesta segunda-feira e o dólar encerrou em baixa de 0,38%, a R$ 2,114. Ingressos de recursos também ajudaram a derrubar a cotação da moeda norte-americana, disseram analistas.

Após superar 5% na semana passada, o rendimento dos Treasuries de 10 anos estava em 4,98% nesta tarde. Quando os títulos do Tesouro norte-americano oferecem retorno menor, a atratividade dos títulos de países emergentes tende a aumentar.

Nesta tarde, os títulos da dívida externa brasileira tinham desempenho positivo, enquanto o risco-país subia dois pontos, para 230 pontos-básicos sobre os Treasuries.

O dólar também perdeu terreno no campo internacional depois que o Grupo dos Sete países mais industrializados do mundo (G7) disse que a China deveria permitir que o iuan se apreciasse mais como forma de corrigir os desequilíbrios globais.

“O dólar caiu por causa do Treasury, do fluxo positivo, e a tendência ainda é de queda, não tem motivo para subir”, afirmou o diretor de câmbio do banco Paulista, Tarcísio Rodrigues.

“O fluxo está bom, continua com números bons para o país em termos de investimento e da balança (comercial)”, completou o executivo.

Ainda no campo externo, Rodrigues citou o recuo nos preços internacionais de petróleo, que contribuiu para a calmaria no mercado doméstico. Os contratos de petróleo em Nova York declinaram quase US$ 2 nesta segunda-feira, em um movimento de realização de lucros, após picos históricos na semana passada.

“Mas é preocupante ainda, porque se acontece algo com Estados Unidos e Irã também prejudica aqui o país… e é preocupante para inflação também”, ponderou o diretor.

Vencimentos
O gerente de câmbio do banco Schahin, Daniel Szikszay, destacou que algumas tesourarias já estão de olho na formação da última Ptax (taxa média do dólar) do mês, que acontece na sexta-feira e serve de base para liquidação dos contratos de dólar futuro – o que também favoreceu a apreciação do real.

Muitas tesourarias estão reduzindo suas posições compradas em dólar, enquanto outras vêm aumentando suas posições vendidas (apostas na baixa da moeda), disseram analistas.

A corretora NGO citou em relatório que os bancos já reduziram suas posições compradas de US$ 5,06 bilhões no fim de março para algo em torno de US$ 4,6 bilhões até o dia 18 de abril.

“Esta busca da redução deverá persistir já que, considerados os vários aspectos operacionais possíveis, todos resultam negativos para o carregamento das posições atuais (compradas)”, afirmou a corretora no relatório.

O Banco Central voltou a comprar dólares em leilão no mercado nesta manhã, e aceitou 15 propostas, com corte a R$ 2,121.

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