O secretário de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso, Célio Wilson vê uma “armação” nos novos depoimentos do ex-cabo da Polícia Militar Hércules Araújo Agostinho, o “Cabo Hércules”. “Ele (Hércules) nunca foi pressionado. Também teve muito tempo para falar o que falou ontem. Agora, quem acusa tem que provar. As investigações provam que ele foi contratado por João Arcanjo Ribeiro. Ele não prova que os doutores Pedro Taques e Mauro Zaque mandaram que ele acusasse Arcanjo em troca de regalias na prisão. Tudo foi gravado durante os primeiros depoimentos de Hércules, que falou na frente de testemunhas como, inclusive o então presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MT), o então advogado Ussiel Tavares”, rebateu Célio Wilson.
O secretário também afirmou que os novos depoimentos de Hércules faz parte de uma estratégia de defesa. “Por que ele (Hércules) não falou isso antes. Ele teve muito tempo para isso e nunca o fez”, disse. Célio Wilson também falou sobre a expectativa do depoimento de João Arcanjo Ribeiro às 10 horas da próxima segunda-feira (24) na Polícia Federal.
Arcanjo será interrogado sobre a sua movimentação financeira e envolvimentos com políticos e com campanhas políticas de mato Grosso nos últimos anos antes de sua. “Esperamos que ele traga fatos novos para os autos. Se apenas se limitar a falar o que o Nilson Teixeira – o ex-tesoureiro de factoring, preso e condenado -, já falou antes, ele (Arcanjo) não estaria falando nenhuma novidade”, comentou o secretário Célio Wilson em uma cerimônia que está sendo realizada no Comando Geral da Polícia Militar, em Cuiabá.