O mercado de terras em Mato Grosso sofreu ma desvalorização média de 9% nos últimos 12 meses, desempenho 221,4% superior à média nacional de 2,8% de depreciação. Um relatório do Instituto FNP aponta que nos últimos 36 meses podem ser constatadas diferenças de até 440% entre alguns tipos de terra e regiões no Estado.
No primeiro bimestre de 2006, o preço médio por hectare é registrado na faixa de R$ 1,803 mil, com pico de R$ 6,551 mil em contraponto a terras no valor de R$ 146 o hectare. O levantamento destaca que o município de Sinop está com o índice mais alto de desvalorização de terra. O Sindicato Rural de Sinop e o setor imobiliário, apontam queda brusca no preço que oscila de 20% a até 80% desde o fim de 2004, variando de acordo com o tipo de terra em negociação.
O empresário Antônio Carlos de Martins, dono da Lotte Empreendimentos Imobiliários, declarou ao jornal A Gazeta, que o quadro hoje é de estagnação total no mercado de terras. Além do segmento, os negócios do setor imobiliário como um todo foram abalados pela crise paralela da sojicultura, orizicultura, pecuária e madeira, atividades que sustentam a região de Sinop. Ele relata que enquanto em anos de bonança a média de contratos era de 250 ao ano, incluindo propriedades rurais e imóveis urbanos, o número baixou para 15 vendas fechadas no ano passado.
O presidente do Sindicato Rural do município, Antônio Galvan, destaca que em alguns casos de terras menos férteis e com pouca infra-estrutura instaladas a defasagem de preços chega a 70% e 80%. “Para as fazendas mais distantes a queda chega a esse nível e para as terras de matas fechadas nem sequer há ofertas de venda em função dos problemas ambientais que estouraram no Estado no ano passado”.