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Madeireiras de Sinop terão incentivos para projetos florestais

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Obter renda de maneira economicamente viável. Esta é uma das propostas apresentadas na última sexta-feira para industriais madeireiros e produtores de Sinop, pela empresa Metacortex. Como aproveitar áreas não produtivas e utilizar resíduos e dejetos de forma rentável são algumas das alternativas do Programa Regional de Ordenamento Florestal (PROF) e de projetos de geração de créditos de carbono.

O diretor executivo da empresa, Afrânio César Migliari, apresentou um dos projetos de não emissão de gás efeito estufa, que tem custo zero para as empresas. “A não emissão permite que as empresas tragam dinheiro de fora e implementem mudanças em suas indústria. E além de ganhar com a não emissão de gás efeito estufa também vão ganhar toda a implementação do projeto”, explica.

O projeto é direcionado para madeireiros, produtores, suinocultores, avicultores e pecuaristas, dentre outros. Entre os que podem ser beneficiados estão compactação e utilização de resíduos de madeira para gerar energia, ao invés de óleo diesel. Para suinocultores, pecuaristas e avicultores a intenção é tratar os dejetos dos animais por meio de biodigestores.

“Nós estudamos a viabilidade do projeto, se é possível ser desenvolvido. Levantamos as informações da indústria e mandamos para Portugal, que vai fazer avaliação e ver a viabilidade de implantá-lo”, salienta.

Outro programa que já é realizado em cerca de 60% do território português é o PROF, que tem como objetivo utilizar áreas não produtivas e com planejamento a longo prazo. “Nós temos que começar a pensar o que nós vamos fazer para esta região, qual floresta e onde vamos plantar, e quais vão ser as necessidades das indústrias daqui a 20, 30 e 40 anos”, disse.

Migliari citou alguns programas do Governo Estadual, como o MT Floresta, que oferecem fundos florestais para a plantação de florestas, mas não define quais as espécies e áreas específicas de plantio. O PROF seria desenvolvido pelo Governo do Estado e resultaria em novos incentivos aos produtores e empresários. “O Governo do Estado já tem conhecimento desse trabalho e demonstra interesse em aplicá-lo”, completa.

Para o presidente do Sindicato das Indústrias Madeireiras do Norte do Mato Grosso (Sindusmad), Jaldes Langer, a região é propícia para a implantação dos projetos e vem de encontro à necessidade de novas alternativas para o setor. “Hoje, Mato Grosso detém uma tecnologia muito maior que os europeus. Um exemplo é o Deter – Detecção de Desmatamento em Tempo Real, que é um programa em que é possível perceber onde está se desmatando acima de seis hectares”, enfatizou.

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