O ano iniciou mas muitos lojistas ainda não estão obtendo os resultados esperados. Passados os primeiros 30 dias do ano os empresários avaliam e demonstram as expectativas para os próximos meses.
Segundo o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Sinop, Afonso Teschima Júnior, o setor acredita em uma maior reação a partir de março. “Temos boas expectativas com a safra e que o setor produtivo volte a se aquecer”, ressaltou. Muitos produtores começaram a colher suas lavouras de soja e o setor madeireiro começa o processo de transferência para a Secretaria do Estado de Meio Ambiente (Sema).
O gerente de vendas de uma loja de eletrodomésticos Juliano de Paula Gonçalves relatou que as vendas já apresentam um ritmo maior. “O mês de janeiro é mais fraco, devido as festividades de final de ano. Mas fevereiro já começou melhor”, ressaltou.
Edivaldo Pinheiro Barbosa, gerente de uma loja de confecções e produtos esportivos, enfatizou que as metas para 2006 devem ser atingidas. “2006 é um ano político e ano de Copa, que deve reaquecer o setor”, salientou.
Fatores como aumento nos índices de desemprego e inadimplência foram enfrentados por muitos empresários. Dados do Sine (Serviço Nacional do Emprego) apontaram que o número de seguros desempregos encaminhados aumentou 358% em relação a 2004, passando de 1.756 para 6.289 em 2005. Em janeiro o setor ainda manteve o maior número de seguros encaminhados, representando 36%.
Lojas filiadas à CDL registraram um aumento de 36% nos índices de inadimplência. 38.267 nomes foram incluídos na lista negra do crédito, no Serviço do Proteção ao Crédito (SPC), durante o ano. O mês de julho registrou o maior aumento, 93% a mais que julho de 2004, seguido de setembro, com 88% de acréscimo.