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Chuva interrompe colheita de soja e prejudica transporte em Mato Grosso

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As intensas chuvas que atingem o Mato Grosso interromperam a colheita de soja precoce no norte do Estado e também têm prejudicado o transporte na região, pois dezenas de caminhões ficam atolados em estradas enlameadas, informou nesta sexta-feira a Famato (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso).

“Nos municípios de Sorriso e Lucas do Rio Verde (região médio-norte), as lavouras estão prontas para serem colhidas, porém a intensidade das chuvas impede o início dos trabalhos”, informou a Famato em um comunicado.

Em Lucas do Rio Verde, a colheita da soja precoce começou em algumas propriedades no início do ano, e agora teve de ser interrompida, segundo a Famato.
Essa variedade de soja, no entanto, foi semeada em Lucas em apenas 10 por cento da área total de soja do município (220 mil hectares), conforme reportagem da Reuters publicada esta semana. A maior parte da colheita é realiza em fevereiro.
Carretas e caminhões carregados de soja estão enfrentando dificuldades para deixar o campo e chegar às cidades, segundo a Famato.
“Em Alta Floresta, por exemplo, na MT-208, existem três pontos críticos, onde esta semana 40 carretas ficaram atoladas na rodovia. Este fator encarece o frete, diminui ainda mais a qualidade do grão e aumenta o prejuízo dos produtores.”

As regiões em situação mais crítica estão em Alta Floresta, Brasnorte, Juína, Juruena e Aripuanã, onde existem atoleiros e muitas pontes foram destruídas pelas águas.
Segundo a Famato, em Sorriso, alguns proprietários de fazendas próximas ao Rio Teles Pires, que transbordou, já estão tendo problemas com o alagamento das lavouras Segundo o presidente da Famato, Homero Alves Pereira, o prejuízo é “inevitável” e a sua extensão depende do clima.

Pereira alertou que a chuva em demasia pode provocar perda de produção na lavoura, queda na qualidade do produto e problemas de escoamento devido às péssimas condições das estradas, o que acarreta ainda mais prejuízos.

A entidade relatou também que em diversas regiões, especialmente no sul do Estado, os produtores não estão conseguindo realizar a aplicação adequada de fungicidas contra a ferrugem, por causa das precipitações.
O excesso de chuva já atinge também os pecuaristas, que estão impossibilitados de deslocar os animais vendidos para os frigoríficos, devido às péssimas condições das estradas.

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