Apesar do acordo realizado na última quarta-feira entre governo federal e produtores de álcool, com o objetivo de fixar teto de R$ 1,05 para o litro do combustível nas usinas, o preço para o distribuidor deve aumentar em R$ 0,05 a partir de hoje, pelo menos no Estado de São Paulo. A estimativa é do Sindicato dos Postos do Estado de São Paulo (Sincopetro).
Com isso, o valor do álcool vendido pelas usinas, considerando-se os impostos, deve subir da média atual de R$ 1,24 pelo litro de álcool para R$ 1,29 – o que deverá elevar o preço do combustível nas bombas. O Sincopetro se baseou em estudo da Escola Superior de Agricultura (Esalq) da Universidade de São Paulo.
Ouvido pelo jornal O Estado de S.Paulo, o presidente da Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e Lubrificantes (Fecombustíveis), Giul Siuffo, tem opinião diferente. Ele acredita em uma queda de R$ 0,03 no preço do litro do combustível para o consumidor final – mesmo valor acertado entre o governo e os usineiros.
Siuffo, porém, acredita que a forma correta de reduzir os preços dos combustíveis seria controlar a demanda. Ele sugere como solução a redução de 25% para 20% na taxa de misturo do álcool na gasolina.
A União da Agroindústria Canavieira de São Paulo (Unica) rebateu nesta quinta-feira os dados apresentados pelo Sincopretro, alegando que ainda é necessário avaliar o comportamento do mercado antes de se fazer previsões.