Dos cheques emitidos no Brasil em 2005, 2,81% eram sem fundo, segundo levantamento realizado pela empresa de concessão de crédito Telecheque. O índice representa um aumento de 19,4% em relação a 2004, quando 2,34% dos cheques foram devolvidos.
“O aumento dos juros, os pagamentos com prazos maiores, e na maioria das vezes sem entrada, e a oferta maciça de crédito foram alguns dos principais fatores que levaram ao aumento da inadimplência no ano de 2005”, afirma José Antônio Praxedes Neto, vice-presidente da Telecheque.
Os cheques transacionados no varejo em 2005 tiveram valor médio de R$ 127,20, superior 13,5% em relação ao verificado em 2004, quando chegou a R$ 112,10.
Em dezembro do ano passado, o índice de cheques devolvidos no País foi de 2,16%. O indicador de inadimplência caiu 23,1% no comparativo com o mês anterior, apontando 2,81%, e subiu 28,7% frente ao registrado no mesmo período do ano passado – quando chegou a 1,68%.
O Estado de Santa Catarina apresentou o maior volume financeiro de cheques honrados do Brasil em 2005.O índice de transações pagas no Estado foi de 97,93%, com queda de 0,3% comparado ao de 2004 (98,23%).
Em seguida, destaca-se o Estado de Goiás, com índice de cheques honrados de 97,37%, inferior 0,1% frente ao ano anterior (97,47%). Em terceiro lugar, vem o Rio Grande do Sul, com volume de transações pagas de 97,22%, menor 0,2% em comparação com o ano de 2004 (97,42%).
O Rio Grande do Norte foi o Estado que liderou os índices de inadimplência, registrando 4,39% de cheques devolvidos – alta de 27% frente ao indicador de 2004, que marcou 3,46%.
Os outros Estados com maior volume de cheques sem fundo em 2005 foram Amazonas, com 4,2% e Pará, com 3,81%.