Se para muitos segmentos da economia 2007 foi encarado como um ano de superação, devido aos bons números registrados, como por exemplo, no comércio, na geração de empregos, crescimento nas vendas, entre outros, para uma pequena associação de produtores de leite, importantes avanços foram conquistados. Na Associação Comunitária Rural Selene, o pequeno laticínio que opera desde o início de fevereiro passou por importantes mudanças. Por três vezes, aumentou a capacidade de produção e fechará com cerca de 2,7 mil litros/dia. Iniciou com 1,5 mil, passou para 2 mil litros, posteriormente a 2,5 mil e, este mês, está produzindo ainda mais.
Para o presidente da associação, Pedro Ferri, atualmente o laticínio consegue garantir a comercialização do leite dos 15 produtores da pequena comunidade. Ele destacou, ao Só Notícias, que pontos positivos devem ser lembrados. “Por mais que o preço não esteja excelente, o produtor tem a venda garantida. Julgaram que não conseguiríamos trabalhar, mas, por mais pequenos que somos, não desistimos”, declarou.
Segundo Ferri, uma das metas para 2008 será a fabricação de queijos, iogurtes, entre outros. “Para fevereiro, quando completamos um ano, vamos buscar esta meta. Temos que colocar os derivados”, disse. “Dependemos de financiamento e os bancos nos falam que têm dinheiro, mas é difícil”, salientou.
Já em janeiro a associação busca meios para adquirir equipamentos para ampliar a pasteurização. “Tentamos aumentar a capacidade da pasteurização, que é de 500 litros/hora para mil litros. A produção começa aumentar e há um tempo necessário para que ela ocorra. Estamos trabalhando em dois turnos para dar conta”, ressaltou.
O mais importante, ainda segundo Ferri, é que o produtor tem consigo sustentar-se. “Por tudo que temos passado, o produtor não está tendo um ‘lucrão’, mas não fica no prejuízo”, acrescentou.
Até o momento, o ‘Leite Selene’ abastece somente os supermercados locais, mas uma das metas da associação é levá-lo ainda para outras cidades. Quatro funcionários estão empregados no laticínio.
Foram investidos cerca de R$ 128 mil, de programas de incentivos e financiamentos, para colocar o produto no mercado.