Com queda de 16% no ano, a cotação do dólar é um dos principais fatores para a estagnação da exportação de madeira produzida em Sinop e região. Este ano, foram comercializados cerca de US$ 39 milhões, enquanto que, em 2006, foram pouco mais de US$ 36 milhões. Considerando que a moeda norte-americana encerrou a primeira semana de dezembro a R$ 1,78, e, em 2006 fechou a R$ 2,13, há uma redução expressiva no montante.
A estimativa do Sindicato das Indústrias Madeireiras do Norte (Sindusmad) é que 40% das empresas da região exportem sua produção e estão enfrentando problemas para manterem-se no mercado. “As indústrias estão tendo que se esforçar para se manter, ainda mais com a falta de matéria-prima devido a morosidade na liberação de projetos de manejo”, detalhou, ao Só Notícias, o presidente José Eduardo Pinto.
De acordo com a balança comercial, a queda foi mais perceptível em algumas espécies e produtos, como o compensado. Entre janeiro e outubro de 2006, venda desse produto ao mercado externo movimentou US$ 10 milhões, caindo para US$ 1,4 milhão este ano. Madeiras serradas/cortadas em folha também caíram de US$ 9,2 milhões no ano passado, para US$ 6,2 milhões este ano. Enquanto isso, a soja teve ascensão, passando de US$ 1,4 milhão em 2006, para US$ 14 milhões até outubro deste ano.
Já no mercado interno, a situação é inversa e, segundo José Eduardo Pinto, está comprador e oferecendo bons negócios. Porém, muitas indústrias enfrentam novamente a falta de matéria-prima, não tendo produto para cobrir a demanda. A situação complica com o período chuvoso, quando o transporte fica comprometido.
Esses fatores também influenciaram na geração de empregos que, segundo o presidente, manteve-se estável. Conforme o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), este ano foram gerados 3.097 novos postos de trabalho, com carteiras assinadas, contra 2.891 demissões.