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Serviços ‘seguram’ crise na indústria com alta de 5% em Mato Grosso

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Mesmo tendo vivenciado uma forte crise nos preços das commodities, que afetou drasticamente a renda no campo e conseqüentemente o PIB total, Mato Grosso ocupou a 8ª posição no ranking nacional em 2005 e foi, ainda, a 2ª economia que mais cresceu no país na nova série 2002-2005, acumulando uma variação no volume do Valor Adicionado Bruto (VAB) total de 126,5% em 2005, ficando atrás apenas de Tocantins, com 126,7%. “O PIB de 2005 do Estado foi uma surpresa muito grande para nós, já que imaginávamos um crescimento praticamente nulo, devido a crise do agronegócio”, pontua o vice-presidente da Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Fiemt), Jandir Milan.

Segundo o assessor econômico da Fiemt, Carlos Vitor Timo, o PIB 2005 estadual demonstra os efeitos de tal crise em praticamente todos os segmentos da economia. No setor primário, o aumento de 9% no volume do VAB resultou em retração de 7,9% em valor, devido às dificuldades de preços e câmbio. O setor secundário, que representa a indústria mato-grossense, também foi muito afetado. A indústria extrativa mineral teve redução de 17% em volume e de 38% em valor, a indústria de transformação e a construção civil, com taxas positivas de crescimento de 7% e 2,2% respectivamente, também registraram retração no valor adicionado de 6% e de 10%, dado a queda dos produtos da agroindústria.

O destaque da indústria foi o segmento de serviços industriais de utilidade pública, constituído das empresas de geração e distribuição de energia, gás e saneamento básico, que tiveram crescimento positivo de 5% em volume e de 10% em valor adicionado. O setor terciário, principalmente com as atividades de serviços, teve o melhor desempenho do ano, segurando a retração dos outros segmentos e obtendo incremento de 2,5% em volume e 11,2% em valor. “Os resultados do PIB e do VAB estadual em 2005, em resumo, mostram que a economia estadual é dinâmica e tem outros segmentos liderados pelo setor de serviços (terciário), que já respondem por 68% do valor adicionado, sendo capaz de absorver, mesmo que ainda parcialmente, os impactos de crises no setor primário”, analisa o vice-presidente da Fiemt.

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