A indústria automobilística vai encerrar o ano com os melhores resultados de toda a sua história no país, tanto em volume de produção quanto de vendas ao mercado interno e faturamento nas exportações. Com quase três milhões de unidades, a produção será 13,9% maior do que em 2006; a comercialização interna crescerá 27% e a receita das vendas externas, 7,4% sobre os US$ 12,1 bilhões registrados no ano passado.
O balanço foi apresentado hoje, pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Segundo o presidente da entidade, Jackson Schneider, entre os segmentos veículos, os caminhões tiveram evolução destacada e vão fechar 2007 com o maior número de licenciamentos dos últimos 30 anos. Até novembro, foram registrados 89,4 mil unidades, 29,7% acima do acumulado janeiro-novembro do ano passado.
“O recorde que tínhamos até agora era de 1977, quando as vendas somaram 90 mil unidades [computado dezembro]”, observou Schneider.
Em novembro, todos os indicadores de produção e vendas, comparados ao mês anterior, foram de recuo. Mas conforme salientou o executivo, não sinaliza tendência e sim reflexo do fato deste mês ter tido um número menor de dias úteis.
“A indústria, que tem capacidade para produzir 3,5 milhões de unidades ao ano, está com resultados extremamente positivos e deve se manter assim ao longo de 2008”, disse.
Na comparação com outubro, a produção caiu 10,2%, mas subiu 13,4% em relação ao acumulado de 2006, com 2,7 milhões de veículos e 20,4% sobre igual mês do ano passado.
Schneider informou que de outubro para novembro as montadoras abriram l.015 postos de trabalho, e já prevêem novas contratações nos próximos meses.
O número de pessoas empregadas no setor atingiu 119.615, 12,1% a mais do que em 2006. “Desde 2004, já foram gerados cerca de 30 mil novas vagas e tendo em vista os novos investimentos que algumas empresas começam a anunciar esse número vai crescer”, informou o presidente da Anfavea.
Ele acredita que o Brasil terá condições, em 2008, de ganhar mais uma posição no ranking do setor, passando da oitava posição para sétimo lugar. Em sua avaliação, as exportações serão uma desafio para o ano que vem, porque por enquanto as empresas têm conseguido adotar o mecanismo da compensação de perda de faturamento com o dólar em baixa por meio de maior valorização das unidades embarcadas.