PUBLICIDADE

Associação denuncia que um terço do leite brasileiro não é fiscalizado

PUBLICIDADE

A Associação Brasileira dos Produtores de Leite (Leite Brasil) alerta que quase um terço do leite produzido no país não passa por fiscalização. Isso significa que dos 29 bilhões de litros anuais, cerca de 9 bilhões não obedecem aos padrões de qualidade propostos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

O presidente da Leite Brasil, Jorge Rubez, explica que o leite produzido no mercado informal não é submetido a inspeções. Não há fiscais, nem um veterinário responsável pelo rebanho, exigências feitas pelo Ministério da Agricultura. “Não tem nenhum compromisso com ninguém. O leite informal não tem exame no rebanho, não tem vacina, não tem refrigeração”.

Segundo Rubez, o produto é colocado em carroças ou caminhonetes e é vendido de porta em porta em cidades pequenas de todo o país. “Principalmente no interior do estado de São Paulo. Quem está lá vê isso todo dia”.

Para a Leite Brasil, a preocupação maior é com o risco para a saúde do consumidor. O leite não fiscalizado é vendido cru, em garrafas de plástico, e não é pasteurizado, procedimento importante para garantir que os microorganismos presentes sejam mortos antes que o produto seja consumido. A ausência de refrigeração do produto também colabora para a proliferação de bactérias. “Se eles começam a entregar esse leite às 8 horas e entregam até o meio dia, você calcula o que tem de bactéria dentro”.

A dica, segundo Rubez, é observar se o leite vendido está em embalagem industrializada, com dados da empresa produtora. O consumidor deve ficar atento também ao estabelecimento onde o produto é comercializado. O leite produzido no mercado informal, geralmente, não é encontrado em prateleiras de supermercado ou em padarias. É vendido em feiras livres e em auto estradas.

Para o presidente da Leite Brasil, o produtor vende o leite informalmente para que o lucro seja maior. “Vendem para ganhar dinheiro, porque se ele vender para a indústria, ele ganha menos. E se vender de porta em porta, ele tira o intermediário”.

Rubez alerta ainda para a conversão do leite sem fiscalização em queijo, mercadoria mais fácil de ser transportada pelos produtores. “Você vai a uma feira em São Paulo, em Brasília, você encontra o queijo que não tem serviço de inspeção federal, estadual ou municipal. Tem queijo minas, muçarela, o que você quiser. Ninguém fiscaliza”.

Para a Leite Brasil, há uma crença no país de que o leite vendido em garrafas de plástico “vem direto da vaca”, e que seria, portanto, um produto fresco e saudável.

“Entretanto, o produtor informal reside em áreas pouco urbanizadas, e a coleta do leite, o manuseio e a conservação acontecem por meio de técnicas caseiras, que não garantem a pureza ou a higiene durante o processo”, conclui Rubez.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

Com desempenho acima da média nacional, produção industrial de Mato Grosso cresce 4,6%

Mato Grosso registrou crescimento de 4,6%, acima da média...

Empresas de Sorriso estão com 92 vagas de emprego

Empresas e indústrias sediadas em Sorriso estão admitindo 92...
PUBLICIDADE