A região Noroeste de Mato Grosso receberá mais de U$ 3,3 milhões para serem investidos a partir de dezembro até março de 2009. O recurso é para o projeto de conservação e uso sustentável da biodiversidade nas florestas de fronteira e foi garantido este mês, por meio da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (SEMA), que é a executora do programa. A meta do projeto era ampliar em 2.523 quilômetros quadrados as áreas protegidas na região, até o final deste ano. O projeto já alcançou 5.702,30 quilômetros quadrados de novas áreas, ou seja, superou em 126% o previsto.
O programa, que teve início em 2001, seria concluído em dezembro deste ano. Com a apresentação dos progressos que ocorreram na região – em reunião com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e a Agência Brasileira de Cooperação Técnica (ABC) – o pedido de prorrogação foi acatado. “Trata-se de um grande projeto de sustentabilidade ambiental na região Noroeste de Mato Grosso. São sete municípios envolvidos e muitos resultados alcançados. Por isso, a garantia de continuidade das ações de preservação ambiental é de extrema importância”, enfatiza o secretário de Meio Ambiente, Luiz Daldegan.
O objetivo é implantar diferentes planos de uso do solo na região (parte da Amazônia), visando a proteção da biodiversidade, o zoneamento ecológico-econômico e a identificação de áreas de alta biodiversidade para futura proteção. É também meta o fortalecimento das ações de planejamento municipal, desenvolvimento de políticas e instrumentos de monitoramento ambiental através da valorização da conservação da biodiversidade. O terceiro objetivo é remover obstáculos à mitigação das pressões sobre os ecossistemas naturais e garantir o fortalecimento da capacidade local para combater o desmatamento e as queimadas.
Entre as justificativas para a prorrogação na execução, a coordenadora nacional do projeto destacou que nestes 15 meses será possível efetivar a consolidação das unidades de conservação; nas terras indígenas será dado suporte aos grupos de trabalho de identificação e delimitação da Funai; será possível aumentar o número de processos de licenciamento ambiental em propriedades rurais; será dado subsídio ao processo de ordenamento do uso do solo municipais; no caso dos processos de gestão social, será possível aumentar o número de pessoas e áreas envolvidas, além da ampliação de áreas com manejo florestal e identificação prioritárias para recuperação.