A produção do Nortão terá um novo corredor para escoamento a partir de 2009. Esta é a projeção para a chegada dos trilhos da ferrovia Norte-Sul em Colina, Tocantins. A madeira e grãos mato-grossensse poderão ser carregados no terminal e, via ferrovia, transportados até o porto de Itaqui, no Maranhão, que já recebe grande parte da produção do Centro-Norte. O prefeito de Lucas do Rio Verde, Marino Franz, visitou as obras no último sábado, no Maranhão, para avaliar a viabilidade de escoamento da produção do município, campeão na produção de milho safrinha e o sexto maior produtor de soja do país. “Conferimos in loco como estão as obras e recebemos a confirmação que os trilhos chegam, até final do ano que vem, até Colina, em Tocantins. Será uma nova opção para escoar a nossa produção”, disse Marino, ao Só Notícias. Lucas do Rio Verde poderá ter um ramal da ferrovia até 2010, embora este prazo ainda não seja oficial.
Além de Lucas do Rio Verde, o Médio Norte concentra outros municípios que estão entre os maiores produtores de grãos o país, e a expectativa do setor é que um ramal seja implantado na região. Um estudo está sendo feito pela Universidade Federal de Santa Catarina para avaliar a viabilidade da expansão da ferrovia até o Norte. “Essa já é outra etapa do projeto, mas também está em andamento”, completou Franz.
Informações preliminares do estudo apontam que os produtores do Médio-Norte gastam cerca de 50% do custo de produção com transporte, levando os grãos por 2,5 mil km de rodovias até o porto de Paranaguá (PR). Pelo porto de Itaqui, um dos que tem maior capacidade no mundo, com calado de 23 metros, maior ainda que o porto de Roterdã, na Holanda, reduziria pela metade os gastos com transporte.
Em Mato Grosso, a ferrovia terá condições de escoar 12 milhões e 500 mil toneladas/ano, quando estiver em funcionamento.