A Assembléia Legislativa aguarda a entrega do projeto de zoneamento sócio-econômico-ecológico, pelo Governo do Estado, que está atrasado, para iniciar uma série de debates nas principais regiões do território mato-grossense, entre elas o Nortão. O presidente da Comissão de Meio Ambiente Recursos Hídricos e Minerais, deputado Dilceu Dal Bosco, disse, ao Só Notícias, que só aguardam a devolução da proposta para marcar as audiências nos municípios. “O governador pediu o prazo de 60 dias, mas já venceu no final de setembro. Vamos oficializá-lo sobre isso e aguardar a entrega para iniciar as discussões”, destacou.
O Conselho de Desenvolvimento da Amazônia Mato-grossense – CODAM – também vai analisá-lo antes da votação, que definirá o modelo econômico para o desenvolvimento do Estado, os estímulos e recursos que serão destinados para cada região, visando estimular o crescimento, e delimitando que tipos de atividades podem ser implementados e onde podem ser desenvolvidos.
Segundo o presidente Paulo Moreira, o conselho vai representar os seis municípios que integram o consórcio Vale do Teles Pires – Alta Floresta, Paranaíta, Carlinda, Apiacás, Nova Bandeirantes e Nova Monte Verde – e cobrar alterações que beneficiem a região. “Nossa preocupação é se o projeto vai apontar melhorias para a região, já que o estudo feito para a construção do zoneamento é defasado e a região seria prejudicada”, alegou, ao Só Notícias.
De acordo com o conselho, por exemplo, na última proposta apresentada a região foi enquadrada na categoria de ‘intervenção de atividade a readequar’, em que existe a readequação das atividades e algumas são priorizadas. Porém, os municípios cobram que a região seja inclusa em ‘atividades a consolidar’, em que são melhoradas as atividades que já existem, com financiamentos e investimentos para sua consolidação.
O projeto está em fase de elaboração há 10 anos.