Numa assembléia geral realizada ontem, no final da tarde, os funcionários da Caixa Econômica Federal decidiram arregaçar as mangas e intensificar o movimento grevista em todo o Estado. A decisão veio após a direção da CEF apresentar uma proposta que não avança em relação a que foi recusada nas assembléias no último dia 2 e ainda, ameaçaram a comissão de negociação do comando nacional, afirmando que levará a campanha salarial para ser decidida na Justiça do Trabalho.
“Ficamos frustrados com tamanho apelo por parte da Caixa. Consideramos a atitude da empresa retrógrada, típica do período da ditadura, já que a empresa ameaçou os trabalhadores que se não aceitarem um acordo e encerrarem a greve nesta semana, a direção do banco vai apelar para a Justiça e ajuizar o dissídio coletivo na segunda-feira”, explicou Arilson da Silva, presidente do Sindicato dos Bancários.
Os bancários da CEF de Cuiabá, Várzea Grande e também do interior do estado permanecerão em greve, assim com mais de 75% dos funcionários da empresa em todo o país. Em Sorriso e Alta Floresta os trabalhos também foram paralisados.
Entre as reivindicações específicas estão a correção do plano de cargos e salários e plano de cargos e comissões (PCS/PCC) pendentes desde a década de 90, isonomia entre empregados contratados a partir de 1998 e os anteriores; pagamento de horas-extras; contratação via concurso de mais empregados para atendimento ao público, por conta da sobrecarga de trabalho nas agências, que vem causando doenças psicológicas e ocupacionais nos funcionário, entre outros.