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Superintendente diz que falta gestão para funcionamento de hidrovia em Mato Grosso

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A hidrovia Paraguai-Paraná começa a se concretizar depois que o embargo judicial do Porto de Morrinhos (80 quilômetros de Cáceres) foi julgado no dia 27 de setembro deste ano com a via sendo liberada. Para explicar melhor sobre o assunto, a Câmara Setorial Temática (CST) da Assembléia Legislativa convidou o superintendente da Administração da Hidrovia do Paraguai, Fermiano Yarzon para expor a real situação em que se encontra. “Falta apenas um sistema modal e gestão administrativa com vontade política para fazer valer a hidrovia Paraguai-Paraná”, destacou o superintendente.

A hidrovia é um dos mais extensos e importantes eixos econômicos de integração política, social e econômica. Ela corta metade da América do Sul, vai desde a cidade de Cáceres (MT) até Nova Palmira, no Uruguai. São 3.442 quilômetros de extensão, sendo 2.202 deles até a divisa com o Paraguai e serve cinco países, a Argentina, Brasil, Bolívia Paraguai e Uruguai.

Na avaliação de Yarzon, quem faz a gestão de infra-estrutura da hidrovia é o próprio país. Neste ano, o superintendente participou de uma reunião em Buenos Aires, na Argentina, onde assinou um documento com os demais países para a elaboração de um planejamento estratégico para os próximos quatro anos de uso da hidrovia. “Este acordo existe desde 1992 e agora estamos próximos de concretizar esse sonho, onde Mato Grosso e Mato Grosso do Sul estão perdendo muito com os problemas de transporte”, justificou ele.

Para o coordenador geral da CST, José Eldenir Pereira, a implantação da hidrovia vai facilitar o desenvolvimento do município de Cáceres, onde segundo ele, a Zona de Processamento de Exportação (ZPE) ficará fortalecida. “A ZPE não justifica sem a hidrovia”, disse Pereira.

Yarzon ressaltou que a burocracia para liberação da hidrovia traz considerável atraso para o país. “Quando esse projeto estiver totalmente liberado, vamos fazer os trechos que ligam: Cáceres – Corumbá; Corumbá – Assunção; Assunção – Santa Fé na Argentina; e de Santa Fé – Nova Palmira no Uruguai”, relatou o superintendente de administração da hidrovia.

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