No primeiro semestre, o montante de perdas provenientes de fraudes contra empresas caiu 67%, em comparação com o mesmo período do ano anterior, saindo de R$ 155,5 milhões para R$ 104,2 milhões, de acordo com os sistemas antifraudes da Serasa. Nesse mesmo período, entretanto, as ferramentas de prevenção detectaram um número 86,7% maior de tentativas de fraudes, evitando que 13.652 clientes diretos fossem alvo dessa prática.
As regiões com maior número de empresas fraudadoras são a Sudeste, com 44,27%, seguida da Sul, com 17,58%. Essas duas regiões concentraram cerca de 62% das empresas que tentaram praticar fraudes, no período de janeiro a julho.
Os segmentos mais freqüentemente utilizados para tentativas de aplicação de fraudes identificadas foram comércios de produtos alimentícios, de confecção, de material de construção, de autopeças e acessórios, supermercados e hipermercados, representando, no conjunto, 44% do total de alertas. Esses segmentos têm em comum a facilidade de revenda de seus produtos, sendo por isso muito procurados pelas quadrilhas.
A maioria das fraudes praticadas podem ser atribuídas à negligência de muitos concedentes de crédito, que avaliam os novos clientes apenas sob a perspectiva da ausência de anotações de inadimplência. Uma forte característica da empresa golpista é exatamente não ter anotações de inadimplência no momento da aplicação do golpe, para obter facilidades de crédito.